Medicina reprodutiva e o público LGBTQIAP+

Mês passado, tivemos o marco de dez anos que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) reconheceu a união estável entre casais do mesmo sexo

Nesta quarta-feira, 28, comemora-se o Dia Internacional do Orgulho LGBT. Nos últimos anos tivemos a inserção de mais letras para contemplar ainda mais o público. Hoje, a nomenclatura é a LGBTQIAP+. Em meio ao preconceito e a discriminação que essas pessoas enfrentam, é preciso celebrarmos e reconhecermos as conquistas desses nossos irmãos. 

Mês passado, tivemos o marco de dez anos que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) reconheceu a união estável entre casais do mesmo sexo. Com o reconhecimento garantido em lei, milhares de casais homoafetivos têm ido em busca de oficializar a união. Hoje, passada uma década, o número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo segue crescendo.

Fortaleza vem se destacando como uma das cidades onde mais casais homoafetivos oficializam o seu matrimônio. Segundo a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen – Brasil), a Capital registrou 3.025 casamentos homoafetivos desde que o CNJ determinou que os cartórios do país passassem a realizar essas uniões. A cidade ocupa a segunda colocação no ranking nacional, ficando atrás de São Paulo, que entre 2013 a abril de 2023 registrou mais de 15 mil uniões homoafetivas.

O fato desses casais poderem ter o direito de ter filhos também é uma grande conquista. Independente de qual for o sexo dos pais ou mães, o mais importante, em qualquer família, é uma convivência com afeto e respeito. Pais e mães são todos iguais, independente se for constituído de casal homoafetivo.

A medicina reprodutiva dispõe para esse público de alternativas para quem deseja ter um filho. Para as mulheres, o tratamento pode ser realizado por meio de uma fertilização in vitro (FIV) ou inseminação intrauterina (IIU). Para os homens, a possibilidade é feita através de doação de óvulos, além da disponibilidade de uma mulher para gestar o bebê. Essas conquistas pelo direito igual entre nós vem para refletirmos o quanto a sociedade precisa evoluir e aceitar o modo de ser de cada um. Que possamos cada vez mais respeitar as diferenças, entendendo a individualidade de cada um, para assim caminharmos para um mundo com menos homofobia e com mais harmonia.

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