Mulher e o autocuidado

O Dia Internacional da Mulher tem um significado especial para muitas mulheres. Essa data significa a reafirmação que nós temos cada vez mais um papel de destaque na sociedade como um todo. Mas neste dia tão simbólico para o sexo feminino, quero chamar a atenção para a importância de preservarmos um bem único que temos: a nossa saúde.

Em meio a uma rotina profissional e pessoal intensa, ter uma alimentação saudável é importante para que qualquer mulher consiga realizar as multitarefas que tem durante o dia. Mas não é só a parte física que precisamos cuidar. Uma mente saudável é primordial para vivermos em meio ao turbilhão de sentimentos e emoções que nós vivenciamos. E se pensarmos nesses tempos de pandemia, onde muitas pessoas se recolheram em suas casas com medo do contágio da Covid-19, se preocupar com a saúde mental é uma escolha mais que recomendada.

Outro ponto que merece atenção especial é conversar sobre sexualidade. Em pleno século XXI ainda existe um grande tabu em falar sobre o tema. É preciso que as mulheres entendam o seu corpo. Isso faz parte de um processo de autoconhecimento. Nada mais natural do que uma mulher poder conversar com a mãe, pai, marido ou seus filhos sobre sexualidade. Quando se tem essa confiança no ambiente familiar pode-se quebrar paradigmas que a sociedade impôs na cabeça das pessoas.

Toda mulher deve dar uma atenção especial a sua saúde ginecológica. Fazer exames preventivos regularmente para prevenir o câncer de mama, câncer de ovário, câncer do colo do útero, entre outras doenças ginecológicas, é imprescindível para todas nós. A escolha consciente de um método contraceptivo é um direito que toda mulher tem, e ela não deve abrir mão disso.

Hoje a mulher pode escolher quando e se deseja ser mãe. Com as mudanças nas relações sociais e com o avanço da medicina, hoje se tem a autonomia para decidir em qual período ela deseja gerar um filho, desde que se faça o congelamento de óvulos, preferencialmente até os 35 anos de idade, limite biológico para uma boa reserva ovariana. Muitas conquistas ainda estão por vir. O que não devemos é deixar de lutar e continuar cuidando da nossa saúde.

Texto escrito pela Dra. Lilian Serio. Especialista em Medicina Reprodutiva.
Sócio-Diretora da Clínica Fertibaby Ceará.

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