Vacinação e a segurança para gestantes e puérperas

No último dia 17 de janeiro completou-se três anos da aplicação da primeira dose da vacina contra a Covid-19 no Brasil. O imunizante foi essencial para enfrentarmos essa doença, que, lamentavelmente, vitimou milhares de pessoas no mundo. As vacinas sempre foram eficazes para combater todos os tipos de vírus e prevenir as mais variadas doenças, se mostrando fundamental principalmente para os grupos de riscos, como gestantes, recém-nascidos e puérperas.

Mas, infelizmente, os brasileiros estão se protegendo menos. Um dado do Ministério da Saúde acende um alerta. De acordo com o órgão, a cobertura vacinal no país vem caindo consideravelmente nos últimos anos. Para se ter uma ideia, o índice declinou de 73% dos cidadãos imunizados em 2019 para 59% em 2021. O número preconizado pelo Ministério da Saúde é de 95% das pessoas vacinadas, o que inclui todos os imunizantes oferecidos anualmente no Programa Nacional de Imunização (PNI).

As vacinas garantem uma proteção para todos, principalmente para os grupos mais vulneráveis. Ao ser vacinada, a gestante não corre nenhum risco de vida, nem de ficar infértil. Muito pelo contrário. Não há na literatura nenhum caso científico que aponte má formação ou infertilidade causada pelos imunizantes em mulheres.

Ao se vacinar, as gestantes estão protegendo não somente a si, mas, também, os seus filhos, pois os anticorpos, as células de defesa do corpo, são transferidos ao feto durante a gravidez, e após o nascimento, na amamentação. A proteção pode ser aplicada antes, durante a gestação e após o parto, caso não tenha sido tomada anteriormente.

Com o período de chuvas se aproximando no Ceará, é extremamente necessário que todos os grupos prioritários se vacinem contra a gripe quando a vacinação for iniciada, sobretudo as gestantes, haja vista os inúmeros riscos que a influenza pode trazer para a saúde do binômio mãe-filho, como parto prematuro, pneumonia, além de deixar a imunidade mais suscetível a outros vírus infecto contagiantes. Não restam dúvidas de que as vacinas só protegem e salvam vidas.

Texto escrito pela Dra. Lilian Serio. Especialista em Medicina Reprodutiva.
Sócio-Diretora da Clínica Fertibaby Ceará.

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