Vitamina D – Fator de risco para perda gestacional?

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Os efeitos negativos da deficiência de vitamina D na gravidez já vêm sendo demonstrados nos últimos anos. Sua deficiência parece estar asssociada a maiores riscos de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, trabalho de parto prematuro e restrição de crescimento intrauterino.
Estudos parecem também relacionar essa deficiência com perdas gestacionais.
Baseado nisso, pesquisadores de Chicago, nos Estados Unidos, publicaram uma pesquisa em fevereiro de 2014, na Human Reproduction, revista da Sociedade Européia de Medicina Reprodutiva e Embriologia.
A pesquisa demonstrou que muitas mulheres com abortamento de repetição (três ou mais perdas consecutivas) apresentaram deficiência de vitamina D, o que parece estar relacionado (ser causa ou consequência) a uma alteração da imunidade.
Foram estudadas 133 mulheres com abortamentos repetitivos, 47% destas mulheres apresentaram deficiência de vitamina D e quem foi diagnosticada com baixos níveis desta vitamina, apresentou maiores níveis de anticorpos antifosfolípides (relacionados à uma conhecida trombofilia, a síndrome de anticorpos antifosfolípide – SAAF, assunto abordado neste blog, em 2011). Além disso outros anticorpos, como: FAN (relacionado ao LUPUS, outra doença autoimune) e anti-peroxidase (relacionada à doenças da tireóide, como o hipotireoidismo) também estavam aumentados nas mulheres com níveis baixos de vitamina D. Todos esses anticorpos estão ligados ao desenvolvimento de patologias autoimunes, doenças em que são produzidos anticorpos contra o próprio corpo.
Esses dados nos fazem refletir como pequenos detalhes são importantes para a preservação de uma boa fertilidade, talvez no futuro a reposição da vitamina D possa vir a ser um tratamento para as perdas de repetição, mas desde já  me parece ser importante uma boa manutenção dos níveis de vitamina D no organismo feminino, tanto antes quanto durante a gravidez.
Esses dados nos fazem refletir como pequenos detalhes são importantes para a preservação de uma boa fertilidade, talvez no futuro a reposição da vitamina D possa vir a ser um tratamento para as perdas de repetição, mas desde já  me parece ser importante uma boa manutenção dos níveis de vitamina D no organismo feminino, tanto antes quanto durante a gravidez.

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