Testosterona e Fertilidade Masculina

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O hormônio masculino, testosterona, vem sendo utilizado há anos como uma opção de tratamento das alterações seminais que provocam a infertilidade masculina.
Entretanto, diversos estudos têm demonstrado, ao longo da última década, que usar testosterona piora a qualidade e a quantidade dos espermatozóides.
Ela é utilizada, também, para melhora e ganho do desempenho muscular, em academias de ginástica, tanto por homens quanto por mulheres, uso esse considerado não seguro e não legal. Estima-se que entre 30 a 75% dos atletas que frequentam academia nos Estados Unidos usam esteróides anabolizantes.
O problema ocorre porque a admnistração de testosterona externa faz o cérebro (eixo hipotálamo-hipófise) interpretar que existe um excesso deste hormônio no corpo, passando a diminuir o estímulo para sua produção a nível testicular. Com a queda da produção interna da testosterona, consequentemente, têm-se uma queda da produção de espermatozóides, levando muitas vezes a casos de azoospermia (ausência de espermatozóides na ejaculação).
Um estudo publicado em Janeiro de 2014, na Fertility and Sterility, o jornal da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva e realizado na Universidade de Toronto, no Canadá, buscou analisar esses dados.
Esse estudo encontrou taxas de até 88% de azoospermia após o uso de testosterona. Evidênciou, também, que ao parar o uso deste hormônio ocorre uma recuperação parcial ou total da quantidade de espermatozóides, que foi de 67% em 6 meses a até 94% em 12 meses.
A pesquisa demonstrou que entre 12 a 25% dos urologistas americanos ainda usam a testosterona como terapia contra a infertilidade e este dado deixou esses pesquisadores surpresos, pois consideraram incrível que, nos dias atuais, ainda existam médicos que a usem para esse fim.
Portanto, se deve, a todo custo, evitar o uso da testosterona como tratamento para infertilidade masculina e logicamente, também, na prática de atividades físicas.

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