O diagnóstico de infertilidade por si só gera um estresse ao casal. Esse estresse tende a aumentar quando é necessário a realização de um tratamento, principalmente os de alta complexidade, como a fertilização in vitro (FIV).
Sabe-se que a presença de sintomas de depressão e ansiedade já presentes em um dos membros do casal previamente a um diagnóstico de dificuldade de engravidar parece aumentar ainda mais a carga de estresse durante os tratamentos.
Sintomas depressivos prévios estão presentes em cerca de 11,6% e 4,3% das mulheres e homens inférteis, respectivamente. Esses sintomas estão associados com um aumento do estresse pessoal, conjugal e social do casal que será submetido a um tratamento.
Além disso, a infertilidade é comumente ligada à depressão, sobretudo em mulheres. O diagnóstico de infertilidade, com o subsequente estresse do tratamento agrava os sintomas depressivos. As mulheres são mais afetadas que os homens e apresentando sintomas mais fortes.
Se existe depressão antes da FIV, existe uma chance desta depressão se agravar após o tratamento, devido ao estresse provocado pelo mesmo.
Apesar de todas essas evidências, parece que as taxas de gravidez não são afetadas por este estado depressivo anterior ao tratamento, muito embora isso seja controverso.
Portanto, é recomendado uma intervenção psicológica focada em ajudar os casais com sintomas de depressão e com estresse durante o tratamento, sobretudo após uma falha do mesmo.
Esses dados foram retirados de uma pesquisa realizada na Califórnia, EUA e em Copenhage, na Dinamarca e publicada em janeiro de 2014 na Human Reproduction, o jornal da ESHRE (Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia).