Como conciliar a carreira e saúde reprodutiva no ambiente de trabalho?

Na próxima sexta-feira (5), ocorrerá a 4ª Edição do Fórum Saúde, organizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos – ABRH-CE, no Auditório João Frederico (prédio anexo da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará – ALECE). A programação inclui o painel “Conciliando a carreira e saúde reprodutiva no ambiente de trabalho”, que promoverá uma discussão sobre a importância do cuidado com a preservação da fertilidade no mercado de trabalho.

A palestra será conduzida pelo ginecologista e especialista em medicina reprodutiva, Daniel Diógenes, a partir das 14h15 e terá duração de quarenta minutos. Os interessados podem se inscrever no site www.abrhce.com.br

“Estamos diante de uma geração que tem priorizado a carreira profissional em detrimento da construção familiar. A discussão que propomos não é sobre o que está certo ou errado, mas sim sobre como, em meio à rotina intensa, especialmente nas grandes e médias cidades, as pessoas em idade reprodutiva podem também considerar seu lado pessoal, para que no futuro sua fertilidade esteja preservada”, destaca o médico.

Um estudo recente publicado na revista científica The Lancet traz um alerta importante sobre o cuidado com a saúde reprodutiva. Nas próximas três décadas, mais de três quartos dos países não terão taxas de fertilidade suficientemente altas para manter o tamanho da população nos anos seguintes. O estudo foi conduzido pelo Instituto de Métricas de Avaliação de Saúde (IHME) da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.

Segundo o especialista, no caso das mulheres, postergar a gravidez pode comprometer o sonho da gestação, uma vez que a partir dos 35 anos a mulher começa a perder de forma mais acentuada a reserva de óvulos.

“Infelizmente, o relógio biológico não espera. Essa idade é o parâmetro que a medicina utiliza para demarcar que a partir dessa fase as chances de uma gravidez natural diminuem com o passar do tempo. Por isso, mulheres ou casais que nutrem o desejo de ter filhos precisam considerar a preservação da fertilidade”, conclui Daniel Diógenes.

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