A qualidade seminal e a fertilidade masculina vêm caindo nas últimas décadas. Dados demonstram uma queda de 50% da contagem de espermatozoides da década de 70 aos dias atuais. Esse fenômeno vem sendo atribuído principalmente às mudanças no meio ambiente, na alimentação e no estilo de vida.
Vários nutrientes parecem ter efeito positivo sobre os espermatozoides, como: vitaminas A, D e C, zinco, ácido fólico e ômega 3. Enquanto alguns tem efeito negativo, como: gorduras trans e saturadas e álcool.
Baseado nesses dados, um recente estudo realizado em Israel, tentou identificar padrões de dieta que influenciariam a qualidade seminal.
Foram utilizados índices obtidos por questionários e foram feitas correlações entre os melhores índices (melhor dieta) e qualidade do sêmen. Menos dano ao material genético (DNA) do espermatozoide, assim como uma melhor movimentação e quantidade dos mesmos e menor quantidade de formas anormais estiveram associados a uma dieta mais saudável.
A recomendação seria uma dieta rica em vegetais, frutas e grãos e pobre em gorduras saturadas e trans, açúcar, sódio e proteína animal. Além disso, dietas melhores levariam a menos risco de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, entre outras doenças crônicas.
Mais uma vez, dados de pesquisas recentes demonstram a importância da dieta na saúde e fertilidade humanas, desta vez, especificamente, na do homem.
Fonte: Department of Nutrition, Faculty of Health Sciences, Ariel University. Faculty of Medicine, Tel Aviv University, Tel Aviv, Israel.
Fertility and Sterility, ASRM (Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva). Maio de 2018.
Texto escrito pela Dra. Lilian Serio. Especialista em Medicina Reprodutiva. Diretora Clínica da Fertibaby Ceará.
