Abril Roxo traz alerta sobre a conscientização da adenomiose

A doença traz diversas dificuldades para a mulher, dificultando o seu convívio no trabalho e na sociedade.

A campanha “Abril Roxo” é dedicada à conscientização da adenomiose. Uma doença que atinge uma a cada dez mulheres, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Com sintomas parecidos com a endometriose, a adenomiose causa desconfortos na saúde da mulher, impedindo-a de realizar tarefas simples do dia a dia, como explica a ginecologista e especialista em medicina reprodutiva, Lilian Serio.

“A adenomiose é um problema causado pelo crescimento das células do endométrio (cavidade que reveste o útero) dentro do miométrio ou músculo interino, ou seja, a parte interna do útero, ocasionando fortes dores pélvicas, menstruação intensa e dores durante as relações sexuais”, explica a médica.

Qual a diferença entre endometriose e adenomiose?

A endometriose é uma doença que causa uma inflamação pélvica, onde o tecido de dentro do útero, que é o sangue da menstruação de todos os meses, acaba ficando fora do útero. Pode ser na trompa, no ovário, no intestino, no peritônio, que a pele que recobre parte dentro do abdômen e na bexiga. Portanto, a endometriose é causada por esse sangue do período menstrual.

Já a adenomiose é quando o sangue, o tecido do endométrio, se infiltra na parede do útero, chamada de miométrio. “As duas são praticamente as mesmas patologias, sendo que em órgãos diferentes. A adenomiose é exclusiva do útero, e a endometriose está espalhada pela pelve. As duas doenças não têm cura, mas é possível fazer o controle com medicações, que vão desde a progesterona, até os anticoncepcionais mais antigos, e algumas medicações que bloqueiam a ovulação. Quando a mulher entra na menopausa os sintomas tendem a desaparecer, porém, quando o quadro clínico da paciente é mais severo, é recomendado a cirurgia para retirada do útero ou ovário”, orienta Lilian.

Como partir para o tratamento?

Vai depender qual a prioridade da mulher. Se o desejo for ter um filho, é preciso ter uma abordagem para a preservação da fertilidade. Se a paciente não quer engravidar ou já tem filhos e tem muita dor, o tratamento deve ser direcionado para o combate à dor ou para o sangramento excessivo. O diagnóstico pode ser feito pela ultrassom de mapeamento ou pela ressonância magnética da pelve.

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