Super -ICSI (IMSI)

A Super-ICSI ou IMSI é um tratamento semelhante à ICSI (Injeção Intracitoplasmática de espermatozóides) Convencional, mas que possibilita uma visualização melhor (mais ampliada) do espermatozoide a ser injetado no óvulo. Esta técnica possibilita um aumento entre 6.300 e 10.000 vezes dos espermatozoides. Regularmente o ICSI oferece um aumento de 400 vezes.

Este aumento é possível por meio de um sistema de alta resolução óptica (lentes de ampliação de imagens) acoplado ao microscópio.

Com o aumento tem-se a possibilidade de uma visualização dos vacúolos (estruturas deletérias ao espermatozoide) existentes principalmente na cabeça do espermatozóide. Esta análise é importante, pois segundo diversas pesquisas, tais vacúolos estariam relacionados a menores taxas de gestação e ao aumento na incidência de abortos precoces. Tal explicação se dá ao fato dos vacúolos poderem causar ou significar lesões na cromatina espermática, ou seja, provocar danos no material genético do espermatozóide, o que poderia interferir na integridade do embrião formado. Isto poderia explicar as falhas nos tratamentos de ICSI convencional.

Desde seu primeiro relato de sucesso, em  2003, diversos estudos abordaram a eficácia da utilização da Super-ICSI em comparação à ICSI tradicional. Contudo, um determinado grupo de casais pode ser mais beneficiado com esta tecnologia.

Indica-se, em geral,  o Super-ICSI para:

• Fator masculino grave;

• Falhas de implantação embrionária;

• Baixa qualidade embrionária;

• Índices de fragmentação do DNA espermático elevados.

Com o advento da IMSI aumenta-se a possibilidade de reduzir os riscos da gestação múltipla, já que as chances de se atingir a implantação de apenas um embrião (qualidade melhor) é alta.

Estudos verificaram que com o Super-ICSI as taxas de gestação poderiam atingir até 60% em casos de alterações no espermatozóide, o que seria bem superior à ICSI convencional, que teria taxas em torno de 30%. Apesar dos estudos animadores, novos estudos são necessários para que possamos usar esta tecnologia como rotina nos laboratórios de reprodução assistida.