Autismo e Reprodução Assistida

cerebro

Desde o primeiro bêbe de proveta, no distante ano de 1978, muitas pesquisas tem tentado comprovar a segurança das técnicas de reprodução assistida (FIV- Fertilização in Vitro e  IIU – Inseminação Intrauterina).
Isso significa, entre outras coisas, uma busca por evidências do possível surgimento de problemas que possam atingir a prole, como as malformações fetais e a transmissão de doenças dos pais para os filhos.
Um exemplo desta preocupação frente aos resultados da reprodução assistida foi um recente estudo realizado na Universidade de Pisa, na Itália.  Esta pesquisa foi publicada na Human Reproduction, a publicação mensal da ESHRE (Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia) em dezembro de 2013 e tentou identificar as relações entre o autismo (doença caracterizada por uma disfunção global do desenvolvimento, afetando a capacidade de comunicação, de socialização e de comportamento) e as técnicas reprodução assistida.
Os pesquisadores italianos não acharam nenhuma relação entre o autismo e os tratamentos de reprodução assistida, muito embora existam estudos que demonstrem alguma relação positiva, ou seja, uma maior incidência de autismo relacionada à reprodução assistida, mas esses são estudos com menor poder de confiança. Há, ainda, um estudo que achou uma relação negativa, ou seja, menor risco para autismo após os tratamentos.
Em resumo, não parece, à luz das evidências atuais, haver relação entre autismo e reprodução assistida, muito embora novos e maiores estudos bem elaborados devam ser realizados.
Diversas pesquisas continuam sendo realizadas no intuito de se descobrir todas as consequências dos tratamentos de reprodução assistida, mas, hoje, tem-se uma convicção que essas técnicas possuem um excelente nível de segurança.

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